"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Os pênis tortos.

Assim como algumas cenouras podem nascer tortas, pênis também podem. E a explicação para que os pênis sejam assim, ou fiquem assim, pode estar relacionada à anatomia dos órgãos, ou então por deformidades que aparecem ao longo da vida e que podem ter sido decorrentes de doenças e/ou ferimentos.




Na foto abaixo, veja se consegue identificar as estruturas chamadas de "corpos cavernosos".
São duas estruturas cilíndricas que ficam lado a lado no interior do pênis. E por serem duas, não necessariamente são iguais. Um pode ser maior do que o outro ou até mesmo, mais fino. E na hora da ereção, quando eles se enchem de sangue e dão a rigidez que se observa no pênis ereto, um corpo cavernoso pode sobressair-se ao outro em tamanho e/ ou largura, levando a uma tortuosidade para cima ou para baixo, assim como para os lados e até mesmo um pouco de cada forma. Nesse caso, encontraremos pênis tortos, nascidos tortos, forma geralmente percebida somente quando há a ereção.

Mas há também os pênis que ficam tortos com o decorrer da vida. Há doenças que podem afetar o(s) corpo(s) cavernoso(s), levando ao aparecimento de cicatrizes na área afetada. Essa área passa a sofrer uma restrição para a expansão quando ocorre a ereção e assim gerar uma deformidade com curvaturas do pênis. Exemplos de doenças que levam a isso são: Doença de Peyronie, traumas no pênis (pancadas, masturbações violentas, entortamento no pênis na tentativa de penetração).

E os tratamentos? Nem todo pênis torto merece ou precisa ser tratado. O tratamento na maioria das vezes só é realizado quando a deformidade começa a comprometer o ato sexual, impedindo-o, ou dificultando-o ou por causar dor ao parceiro que é penetrado. O tratamento cirúrgico ainda é o mais utilizado, mas já há tratamentos que prometem, através de aplicações no pênis, resolução da área cicatricial e com isso, permitir uma correta expansão do corpo cavernoso acometido. 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Como tratar a fimose.

A fimose é uma situação em que há um excesso de pele recobrindo a glande do pênis e que o orifício na extremidade, por onde a mesma sai, não é largo o suficiente para que ela seja exposta. Com isso a exteriorização da glande não é possível ou é feita com dificuldade e dor. Às vezes essa dificuldade só aparece quando o pênis está ereto.


Importante dizer que o simples excesso de pele não é uma condição de fimose. A fimose é a incapacidade de exteriozar a glande, ou quando essa exposição é realizada com dificuldade e/ou dor.

Muito se pergunta sobre a melhor forma de se tratar a fimose e do meu ponto de vista, a cirurgia é o melhor caminho.


Há pomadas (Postec por exemplo) a base de anti-inflamatórios hormonais (cortisona) e cicatrizantes, que podem ser aplicadas para facilitar o tratamento da fimose. Às vezes observa-se nas crianças que a fimose existe porque o excesso de pele está aderido à glande e o descolamento dessas peles com o auxílio desse tipo de pomada, permite que a glande seja exposta. Nesse caso essa terapia pode ser de grande ajuda. Mas se o orifício é estreito, só a cirurgia vai resolver.

Quanto à cirurgia, o pós operatório tende a ser um pouco desconfortável, mas novas formas de curativo reduzem a quase nada essa queixa. Também percebo um medo muito grande dos pacientes quanto ao sofrimento na hora de realizar a anestesia local, método ainda muito adotado em serviços de Urologia. Mas converse com o seu médico e exponha o seu desejo se realizar a cirurgia sedado, como se você fosse realizar uma endoscopia. Esse ainda é um método que reduz de forma importante esse sofrimento.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Vacina para o HPV: informação útil!

Se tem uma doença que preocupa todo homem, independente da orientação sexual, é a infecção pelo HPV (Humam Papiloma Virus). Os números de homens infectados já causam preocupação a ponto de hoje em dia ser pensado iniciar-se a imunização dos meninos, assim como já é feito com as meninas, antes que eles iniciem a vida sexual.

No Brasil já é possível realizar a imunização com a vacina Gardasil (MSD) e o protocolo de vacinação é o de se administrar 03 doses da vacina, com intervalos de 60 dias para a segunda dose e 04 meses para a terceira e última dose.

Um trabalho recentemente publicado sugere, ao contrário do que vem sendo feito, que uma única dose é capaz de conferir imunidade nos mesmos níveis que aqueles oferecidos pela aplicação das 03 doses. O estudo foi feito avaliando-se 24.000 mulheres, após um intervalo de 04 anos de vacinação. Observou-se que, independente de ter recebido uma ou três doses, havia um percentual de efetividade de imunização variando de 77% a 87%.

Agora é necessário aguardar mais informações quanto à efetividade de imunização dos homens. Será que os mesmos resultados serão encontrados? E será que o protocolo de vacinação será modificado, gerando uma economia importante nos gastos gerados pela aplicação das vacinas?

Segue o link da matéria divulgada pela Associated Press:
http://hosted.ap.org/dynamic/stories/E/EU_MED_HPV_VACCINE?SITE=AP&SECTION=HOME&TEMPLATE=DEFAULT&CTIME=2015-06-09-19-15-36 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Cisto sebáceo no escroto é mais comum do que se imagina.

Muitos leitores me indagaram sobre uma lesão que costumam observar na bolsa escrotal e estão preocupados com uma possível relação com Doença Sexualmente Transmissível. Comentam que essa lesão nem sempre é única, como na foto ao lado, que costumam ter diferentes tamanhos, podem aumentar de volume e muitas vezes, ao realizar o ato de espremê-las, há a saída de uma secreção cremosa, esbranquiçada e com um odor ruim.

Se a lesão for parecida com a da foto e combine com a descrição dos leitores, citada acima, muito provavelmente se trata de um cisto sebáceo. Não é uma lesão adquirida através do sexo e na verdade é uma glândula de suor que não conseguiu expulsar o produto, que se acumulou no interior. Esse é o motivo que faz com que o cisto aumente com o tempo e a saída da secreção pode ser tanto espontânea, como por expressão. Mas evite fazer isso sozinho pois há o risco de algo simples, infectar e complicar.

O hábito de raspar os pelos da bolsa escrotal pode contribuir para que os orifícios das glândulas, por onde sai o suor, se fechem e aí comece o acúmulo da secreção no interior.

A necessidade de tratamento vem mais por um fator estético do que pelo fato de ser uma doença que necessite ser extirpada do organismo. Geralmente o procedimento é feito com anestesia local,  muitas vezes sequer necessitando de internação hospitalar.

Já sabe então: na presença de uma lesão como essa que acabei de descrever, não caia na tentação de você mesmo resolver o problema. Agende uma consulta médica e veja se há necessidade de que a mesma seja removida.