"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

sexta-feira, 20 de setembro de 2024

POR QUÊ PÊNIS PODEM DIMINUIR DE TAMANHO?

A maioria dos homens se importa com o tamanho do seu pênis. Todas às vezes que posto assunto relacionado ao tamanho do pênis, o número de views às postagens batem recordes. Esse fato passa a ser um problema quando isso incomoda o paciente e às vezes o pênis apenas parece estar menor. Vou citar algumas situações que podem contribuir para a diminuição do tamanho do pênis e você notará que algumas situações são administráveis.

1) Aumento do peso corporal: quando há um acúmulo de gordura na região onde o pênis se implanta, esse excesso de tecido adiposo pode "enterrar" o pênis e em situações extremas o pênis até desaparece. Situação que se reverte com a perda de peso e às vezes até uma lipo-aspiração é necessária para a remoção da gordura em excesso. Com isso, o pênis reaparece.

2) Tabagismo: fumar altera os vasos sanguíneos e compromete a chegada do sangue nos órgãos. Como o pênis depende, e muito, de um bom fluxo de sangue, o homem que fuma pode comprometer essa dinâmica. Parar de fumar sempre ajuda.

3) Medicamentos: drogas como finasterida (muito usada para controle do crescimento da próstata e para diminuir a queda dos cabelos), dutasterida (droga com a mesma finalidade da finasterida, porém mais atual), antipsicóticos e antidepressivos podem comprometer o tamanho do pênis. Esse problema deve ser discutido com o médico prescritor antes de interromper a terapia por conta própria.

4) Envelhecimento: nesse processo há diminuição na produção da testosterona e também no fluxo de sangue. Muitas vezes ocorre lentamente e pode ser imperceptível ao homem.

5) Prostatectomia: que é a cirurgia para a retirada da glândula chamada próstata. Há medidas que podem ser tomadas logo após a cirurgia para diminuir essa possibilidade. Muitas vezes após um ano de cirurgia, o tamanho do pênis volta ao normal, mas isso não é garantido.

sábado, 24 de agosto de 2024

NÃO SE DEIXE SER HUMILHADO POR UM MÉDICO HOMOFÓBICO!

Hoje vou escrever sobre um assunto muito delicado: homofobia na Medicina. E se escrevo, é poque tenho relatos diversos de atitude de homofobia citados pelos meus pacientes.

No Brasil homofobia é crime, mas alguns colegas médicos parecem desconhecer isso ou no alto do pedestal da profissão, se consideram aptos a dar conselhos e repreender pacientes pela orientação sexual que têm, imunes a qualquer retaliação.

O médico tem que estar pronto para ouvir sua queixa, colher informações, te examinar com todo o respeito como qualquer paciente merece e depois, conversar contigo, expondo hipóteses de diagnóstico e possíveis tratamentos.

Escuto de pacientes situações em que médicos passam sermão quando eles expõem a orientação sexual. 

Há médicos que mal continuam a conversa e já vão querendo terminar a consulta rapidamente. 

Há outros que fazem insinuações com piadinhas constrangedoras e de mau gosto, na hora de um exame de próstata. 

E há aqueles que já vão logo solicitando exame de HIV, pois acham que todo homem gay é soropositivo para o vírus HIV.

Se você foi, ou se um dia for, vítima de uma atitude como essa, denuncie ao Conselho Regional de Medicina de seu estado. Hoje em dia na maioria das cidades do Brasil há profissionais que irão te atender com o maior respeito e muito preparados com as situações difíceis, particulares do sexo entre homens, que podem acontecer.

domingo, 16 de junho de 2024

EJACULAÇÃO PRECOCE: A ANATOMIA DO PÊNIS PODE SER UM FATOR!

A ejaculação precoce (PE), uma condição em que um homem ejacula mais cedo do que ele ou sua parceira gostaria durante a atividade sexual (em menos de 2-3 minutos), afeta muitos homens globalmente. No entanto, suas causas não são totalmente claras. Vários fatores, tanto físicos quanto psicológicos, contribuem para a EP. Pesquisas anteriores exploraram ligações entre EP e atributos físicos, como comprimento do pênis e cicatrizes de circuncisão, mas não analisaram terminações nervosas na cabeça do pênis ou glande. O ultrassom peniano, comumente usado para outros problemas de saúde sexual, como a doença de Peyronie e a disfunção erétil, também pode lançar luz sobre a PE. Os autores de um novo estudo levantaram a hipótese de que, à medida que o volume da glande aumenta, também pode haver probabilidade de EP, potencialmente ligada às terminações nervosas na cabeça do pênis. Em seu estudo, os autores buscaram usar a ultrassonografia peniana para investigar essa conexão pela primeira vez. Este estudo investigou PE em 140 homens heterossexuais sexualmente ativos com idades entre 18 e 62 anos. Os participantes foram divididos igualmente em um grupo de estudo de homens que haviam sido diagnosticados com PE em um ambulatório entre junho de 2021 e junho de 2022 e um grupo controle de homens sem problemas de ejaculação. Entre o grupo de EF, 20 tinham EP ao longo da vida e 50 haviam adquirido EP. Os pesquisadores mediram várias características físicas dos participantes, incluindo comprimento e perímetro peniano, usando ultrassom peniano. A PE foi avaliada por meio de tempos de latência de ejaculação autorreferidos e questionários validados. Além disso, a rigidez peniana foi avaliada por meio de ultrassonografia com Doppler e elastografia. Embora o comprimento e a circunferência peniana não tenham diferido significativamente entre os grupos, o volume peniano da glande foi maior no grupo de EF vitalícia do que nos grupos de EF adquirido e controle. A análise de regressão logística mostrou que o maior volume da glande aumentou o risco de EP ao longo da vida em comparação com os grupos PE adquirida e controle. Este estudo destaca uma associação significativa entre PE ao longo da vida e maior volume da glande, sugerindo uma ligação potencial entre o tamanho da glande e a PE ao longo da vida. Embora a elastografia peniana não tenha encontrado relação direta entre rigidez tecidual e EP, estudos anteriores sugerem hipersensibilidade peniana como uma possível causa.
Apesar das limitações, este estudo ressalta a importância de novas pesquisas, especialmente com testes neurológicos, para validar esses achados e compreender os complexos mecanismos da ejaculação precoce. Esses achados também sugerem que as técnicas de ultrassom podem auxiliar no diagnóstico e compreensão da EP, potencialmente levando a melhores abordagens de tratamento.

segunda-feira, 10 de junho de 2024

PRECISO REPOR TESTOSTERONA?

Repor a testosterona depende dos sintomas que você apresenta. Existem duas formas de saber se os níveis de testosterona estão normais: 1) Exame de sangue para a dosagem 2) Sinais e sintomas: dificuldade para a ereção, queda da libido, sinais de fadiga, queda do humor e até depressão. Mas como não são específicos, a avaliação médica com exames se faz necessária. A queda dos níveis de testosterona é gradual no envelhecimento do homem, começando a partir dos 40 anos. Começa a diminuir a energia do dia-a-dia, desânimo, humor instável, A reposição da testosterona é uma opção quando os níveis estão baixos, objetivando levar os níveis no sangue para a normalidade. O que se espera com o tratamento? Não existe uma regra pois os homens são diferentes e respondem cada um de uma forma. Muitos informam melhora dos níveis de energia do dia-a-dia, melhora da libido e qualidade das ereções penianas. Testosterona também aumenta a densidade dos ossos, a massa muscular, a redistribuição da gordura no corpo e uma observação muito frequente: melhora do humor e da qualidade de vida. A maioria dos pacientes que iniciam a reposição da testosterona, espera uma resposta imediata com o tratamento, mas ela pode levar pelo menos 3 meses para ser observada. É importante aguardar esse tempo. Cada paciente vai responder de uma forma, mas quanto menor for o nível de testosterona, mais cedo será a observação da melhora do quadro.