"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Informações para pacientes cardíacos a respeito do uso de medicamentos e sexo.

Alguns medicamentos usados para controlar a pressão arterial no sangue e tratar doenças do coração, podem afetar o desempenho sexual. Caso isso aconteça, em hipótese alguma os pacientes devem deixar de tomar esses medicamentos. Devem se reportar aos seus médicos e relatar o problema. Os medicamentos podem ser trocados para tentar um menor impacto no desempenho sexual e o importante é priorizar a doença cardiológica.

Homens em terapia com drogas a base de nitratos (usados geralmente para as doenças obstrutivas das artérias do coração, as artérias coronárias) não devem fazer uso de drogas como Viagra, Cialis e/ou Levitra. Associados, esses medicamentos podem levar a uma queda importante, muitas vezes fatal, da pressão arterial do sangue.

Muitas vezes pacientes com doenças cardiológicas têm recomendação de outros tipos de tratamento para a disfunção erétil, como por exemplo, o uso de bombas a vácuo ou implantes de próteses penianas. Mudanças de hábitos que levam a uma melhor qualidade de vida costumam oferecer bons resultados também. 

Como a faixa etária dos leitores deste blog varia muito e muitos de vocês já se encontram em tratamento para as doenças relatadas nesta postagem, é importante que tenham conhecimento de todos esses riscos e possíveis condutas.


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Casados e transando cada vez menos.

Se tem uma observação que faço com frequência no meu atendimento médico, é constatar a diminuição no ritmo sexual dos casais (independente da orientação sexual). A união prolongada com certeza mexe com a libido do homem, já que o homem é movido a novidades. E depois de muito tempo numa mesma união, a novidade acaba.

"Doutor, minha libido, meu tesão, está baixíssimo". Sim, é assim mesmo que os pacientes se expressam. Procuram ávidos por uma solução. Querem tomar logo alguma coisa para melhorar. Muitos já chegam até com a informação de terem tentado algumas terapias. O meu papel é identificar causas e tentar resolver o problema.

1) Dosar os hormônios, principalmente a testosterona (o hormônio masculino), é o primeiro passo. Diminuídos, a reposição se faz necessária.

2) Avaliar, através de questionário, a qualidade das ereções que o paciente apresenta, seja na hora do ato sexual, na masturbação, nas ereções espontâneas e aos estímulos visuais e virtuais. Ereções normais fora do ato sexual, geralmente indicam que os hormônios estão normais.

3) Tempo de relacionamento: na maioria das vezes é um dos fatores mais responsáveis pela queda do libido. O homem procura ser fiel por vários motivos e com isso, a diversidade vai embora e ela é responsável pela manutenção de uma libido em alta. Essa, na maioria das vezes, é a única causa para que homens casados tenham cada vez menos relações sexuais.

Rapidamente reuni acima as coisas que mais me ajudam a identificar o problema e ajudar quem me procura. E o que fazer? 

A) Repor hormônios se necessário.

B) Iniciar terapia com medicações que melhoram a qualidade de ereção, se necessário.

c) Quanto ao item número 3, sugiro que mudem a rotina. Se quer continuar num relacionamento onde fidelidade é essencial, inovem com viagens, surpresas e discutam o que poderiam fazer juntos para apimentar o relacionamento. Se estão dispostos a "abrir o relacionamento", sugiro que leiam a postagem "Homens gays e a fidelidade",  (clique aqui para acessá-la) quando expus, de forma mais detalhada, o que ajuda muitos casais a se manterem unidos por 20, 30, 40 anos.