Apesar de tudo isso que acabei de citar, hoje há evidência científica que faz com que repensemos esse conceito, de perda da sensibilidade na glande após a circuncisão. Um novo estudo mostra que não há comprometimento sobre a sensibilidade e desafia-nos a repensar sobre o que imaginávamos sobre o prepúcio, esse excesso de pele que é retirado com a cirurgia. Há um estudo realizado no Canadá avaliando 62 homens com idade entre 18 e 37 anos, sendo 30 pacientes circuncidados assim que nasceram e 32 ainda com o excesso de prepúcio.
Os homens foram submetidos a teste de sensibilidade no pênis avaliando quanto ao tato, à percepção de calor e diferentes estímulos em intensidade à dor, em diferentes áreas do pênis. E por um período de 4 semanas, esses homens tiveram que informar sobre o grau de prazer sexual, qualidade do orgasmo e desejo sexual. Ao final do estudo, concluiu-se que não havia diferença nos relatos dos homens no geral, independente de serem ou não circundados. Cientistas afirmaram então, que a circuncisão quando feita no nascimento, não impacta na qualidade sexual dos homens.
E quando a circuncisão é feita como um procedimento para a cura da fimose, num paciente já na infância, ou na juventude ou até mesmo na fase adulta? Quanto a essa informação, ainda não há nenhum estudo para termos um posicionamento. Mas sob meu ponto de vista e a minha experiência profissional, homens que se submetem à cirurgia nas fases adultas, relatam sim um impacto na sensibilidade do pênis.
Concluindo: acredito que homens que desejam realizar a cirurgia para a retirada do excesso de prepúcio, o façam porque têm fimose com suas respectivas complicações. A cirurgia realizada com finalidade estética pode modificar o prazer sexual, dependendo do quanto que a sensibilidade na glande, interfere nas sensações de tato, dor e calor.