"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Como um tratamento de câncer de próstata pode afetar a vida sexual do homem gay.

Problemas sexuais, do tipo queda do libido, alterações na ejaculação e dificuldade para atingir o orgasmo, são frequentes após um tratamento para a cura do câncer de próstata. E homens gays podem experimentar essas alterações diferentes do homem heterossexual.

A ereção para a penetração anal precisa ser rígida o suficiente para vencer o esfincter anal. Numa relação com penetração vaginal, muitas vezes uma ereção não 100% completa, permite o ato sexual, o que na penetração anal não. Muitas vezes o parceiro, antes sendo o ativo da relação, por falta de ereção passa a ser o passivo e nem sempre essa mudança ocorre ou ocorre sem desconforto.

Sem contar os problemas sensoriais que um tratamento de câncer na próstata pode causar. A radioterapia pode levar a um estreitamento do ânus e a penetração passa a ser muito dolorosa. A retirada da próstata numa cirurgia pode mudar o prazer do parceiro que é penetrado. Homens que se tornam impotentes e sentem dor anal, podem desistir da relação sexual por completo.

Também há as situações dos casais que não praticam a penetração. Praticam apenas sexo oral e/ou masturbação conjunta e nesse caso, desordens de ejaculação podem comprometer a qualidade do encontro sexual. Possível perda de ejaculação, ou diminuição importante do volume do mesmo, pode diminuir a satisfação. E alguns homens podem passar a ter perda de urina na hora do orgasmo, o que geraria um constrangimento para muitos homens. Alguns infelizmente não conseguem mais ter orgasmos.

Muitos homens após um tratamento de câncer de próstata experimentam distúrbios de ansiedade e depressão, que podem ser agravados, no caso do homem gay, quando ele não consegue falar livremente sobre a própria orientação sexual e as dificuldades sexuais enfrentadas com o parceiro. A perda da atividade sexual para um homem pode ter efeitos sérios e é importante que o paciente tenha com quem conversar abertamente sobre esses problemas, já que hoje em dia há muito a ser feito para ajudar nessas circunstâncias.

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