"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

domingo, 22 de maio de 2022

FATOS E MITOS SOBRE A MASTURBAÇÃO.

A masturbação é algo comum e normal na atividade sexual dos seres humanos, mas muitas pessoas não se sentem confortáveis para falar sobre o assunto e até se sentem envergonhadas por realizá-la. Infelizmente antigos estigmas, má-informação e mitos existem na prática da masturbação, algo que pode ser saudável e agregar prazer à prática da atividade sexual. Nessa postagem vou escrever sobre alguns mitos que envolvem a masturbação e benefícios da prática. MITO: NÃO É NORMAL SE MASTURBAR Ao contrário, é muito normal se masturbar e isso é demonstrado em pesquisas realizadas mundo afora, onde se constata que a maioria das pessoas se masturba. Um estudo conduzido no passado, que envolveu 57% da população mundial, mostrou que 78% tinha o hábito de se masturbar, independente do gênero e da orientação sexual, mas homens se masturbam com mais frequência (80%-96%) do que as mulheres (48%-78%). MITO: SE VOCÊ ESTÁ NUM RELACIONAMENTO COM OUTRA(S) PESSOA(S) E SE MASTURBA, ALGO ESTÁ ERRADO COM O(S) RELACIONAMENTO(S) Pessoas se masturbam por diversos motivos, como aliviar o estresse, relaxar, sentir prazer e aliviar a tensão sexual. Esses motivos continuam existindo, mesmo que alguém esteja envolvido num relacionamento e não significa que exista um problema no relacionamento. Enquanto pesquisas mostraram que homens costumam se masturbar mais quando não têm um(a) parceiro(a), com as mulheres costuma ser o contrário: se masturbam mais quando têm um relacionamento, como uma forma de complementar o prazer sexual, mesmo que seja um relacionamento com sexo prazeroso e frequente. E a masturbação pode ser uma forma de aliviar a tensão sexual entre casais discrepantes quando o tema é frequência sexual, ou seja, quando um parceiro tem a libido mais intensa do que o outro. MITO: MASTURBAÇÃO É RUIM PARA A SAÚDE Há inúmeros mitos relacionados à masturbação: disfunção sexual, infertilidade e outras mais estranhas, como causar cegueira e ficar com a palma da mão peluda. Felizmente não há evidência científica que confirme esses fatos e nenhum desses fatos é relacionado ao hábito de se masturbar. Ao contrário, masturbação costuma gerar benefícios à saúde, como diminuir o estresse, aliviar dor e tensão, melhorar o sono, realçar o humor e a concentração, ou até mesmo melhorar o sexo com o(a) parceiro(a). Mas há indivíduos que se sentem mal por se masturbar, a masturbação pode se tornar compulsiva e frequente a ponto de interferir na vida profissional e social, ou até mesmo diminuir a qualidade do sexo dentro de um relacionamento. Nesse caso, uma avaliação emocional é recomendada. MITO: MASTURBAÇÃO NÃO FAZ PARTE DO DESENVOLVIMENTO SEXUAL SAUDÁVEL Familiares e/ou cuidadores podem ficar preocupados com o fato de crianças descobrirem e se engajarem com a masturbação muito cedo na vida, mas na verdade a auto estimulação sexual é comum em idades precoces. Além de ser importante aconselhar os jovens sobre locais e situações em que masturbar-se é inconveniente, caso eles ainda não saibam, estudos comprovam que ter conhecimento de como o corpo reage sexualmente, pode diminuir a vergonha envolvida num engajamento sexual e preparar melhor as pessoas para fazer boas escolhas em relação à saúde sexual.

domingo, 15 de maio de 2022

SAIBA QUANDO, PROSTATITES E URETRITES DEVEM SER TRATADAS PELO CASAL.

Um leitor me indaga se pelo fato do parceiro dele estar com uma infecção urinária (no caso, uma prostatite que tudo indica foi adquirida pela penetração anal sem preservativo), se ele também deveria ser medicado. 

No caso das relações sexuais em que a penetração anal existe sem uso de preservativos, há sempre o risco de se contrair uma infecção urinária, como uma prostatite e/ou uma uretrite (que provoca corrimento pelo canal urinário). Isso porque a região do reto é colonizada por bactérias que ali precisam estar, indispensáveis ao metabolismo do intestino. E são essas as bactérias que entram pelo canal urinário do pênis e causam as infecções. 

Há também as infecções urinárias que podem ser adquiridas ao se receber sexo oral desprotegido de preservativos. Os agentes que causam as infecções são diferentes dos que existem na região retal e também não merecem tratamento.

É importante informar que no sexo com penetração anal e no no oral sem preservativos, há também o risco de se contrair infecções por Clamídia, por gonococos que causam a gonorreia e até mesmo vírus que causam os resfriados. Nessas situações, é necessário que ambos sejam tratados, caso contrário com o reinício da atividade sexual, o que não recebeu tratamento voltará a reinfectar o parceiro.

Respondendo então à pergunta do leitor, no caso da prostatite adquirida pelo hábito da penetração anal sem preservativos, não é necessário o cuidado com o tratamento dos dois. Mas volto a informar que é importante que anualmente ambos façam exames, mesmo se sentindo bem, que eliminem a possibilidade de infecções urinárias. Aproveite para realizar os exames de sorologia no sangue para descartar doenças com HIV, Sífilis, Hepatite B e Clamídia.

domingo, 1 de maio de 2022

SEXO E BEBIDAS ALCOÓLICAS

Muita gente se sente mais relaxado, adquire mais confiança e se sente menos inibido ao ingerir bebidas alcoólicas. Pesquisas confirmam que ao ingerir álcool, pessoas aumentam a socialização, se sentem mais atraentes e se atraem mais pelas pessoas, fato gerado pela redução da inibição.Embora tentadora, essa atitude nem sempre traz boas consequências e pode gerar problemas para a vida sexual de uma pessoa. Por se tratar de um blog voltado para o homem, independente da orientação sexual, vou comentar sobre os efeitos das bebidas alcoólicas sobre o corpo masculino. O excesso de ingesta de bebidas alcoólicas pode acarretar: 1) Perda da sensibilidade, como um adormecimento dos genitais, diminuindo a sensibilidade no pênis e comprometer o ato seuxal e dificultar o orgasmo. 2) A depedência ao uso de álcool pode causar disfunção erétil ou orgasmos menos prazerosos, sendo que essas atitudes são impactadas pela quantidade de bebida ingerida no dia do ato sexual e também pelo tempo que há dependência pelo hábito de ingesta. 3) Ingerir bebidas alcoólicas não é justificativa para isso, mas observa-se uma maior prevalência de abuso sexual em pessoas sob o efeito do álcool. É importante que o envolvimento sexual seja com o consentimento dos envolvidos no ato. Algumas dicas: A) Como ingerir bebidas alcoólicas pode impactar negativamente na sua performance sexual, melhor regular a ingesta delas quando há o desejo pelo engajamento sexual com outra(s) pessoa(s) B)Excesso de indulgência, ou seja, excesso de "falsa segurança", pode comprometer a capacidade de avaliar riscos. É bom ter sempre preservativos por perto. C) Pessoas sob o efeito de bebidas alcoólicas podem estar confusas e não estar com a capacidade de consentimento para o ato sexual comprometida. Confirme sempre se há realmente o desejo do outro para realizar o ato sexual.