Este blog destina-se ao homem gay e tem como objetivo, responder às muitas dúvidas que homens gays têm em relação às doenças sexualmente transmissíveis, às doenças da próstata, aos riscos do sexo entre homens e tudo que se relaciona ao trato genital masculino. Os posts serão respostas às perguntas que frequentemene recebo de meus pacientes e leitores.
"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.
Transar dormindo é possível? Sim, sendo considerado um distúrbio do sono chamado sexomnia. É um tipo de sonambulismo, que afeta os dois sexos, sendo mais comum nos homens. Costuma acontecer nas primeiras horas do sono, quando a pessoa afetada se levanta e tem comportamentos sexuais, como o próprio ato sexual, mas também masturbar-se, praticar sexo oral. Pode acontecer mais de uma vez na mesma noite. E ao acordar no dia seguinte, de nada se lembram.
Alguns comportamentos podem colaborar para que sexomnia aconteça: abuso de bebidas alcoólicas, consumo de drogas e uso de medicamentos. Muitas vezes é genética, tendo sido observado em outros parentes também.
Às vezes o comportamento pode até ser violento durante os episódios de sexomnia, considerados até mesmo atos de estupro e muitas vezes a patologia é levantada como sendo a causa principal do delito. O tratamento exige avaliação psiquiátrica.
A terapia de ondas externas de choque é muito indicada para o tratamento dos cálculos renais. Há hoje a possibilidade de usar essa terapia de ondas de choque externas, porém com intensidade bem mais baixa que aquela aplicada para fragmentas os cálculos renais, objetivando fragmentar calcificações em vasos sanguíneos e consequente melhora do fluxo de sangue.
O uso de drogas da classe de inibidores da fosfodiesterase-5 trouxe uma melhora muito importante no tratamento da impotência sexual, decorrente de problemas com o fluxo de sangue no pênis causada por mau funcionamento dos vasos sanguíneos. Trabalhos feitos recentemente associaram a terapia desses inibidores com a terapia de ondas externas de choque com baixa intensidade, visando melhorar todo esse processo de fluxo sanguíneo, envolvido no processo da ereção peniana.
Ainda há muito que se provar se realmente a terapia com ondas de choque de baixa intensidade traz melhora à qualidade de ereção. Seja usando-a isoladamente ou associada a outras terapias que já oferecem bons resultados, como o caso da terapia com os inibidores da fosfodiesterase-5 (sildenafila, tadalafila entre outras).
Trabalho recente usando a terapia de choque isoladamente e associada à terapia com tadalafila trouxe resultados animadores. Os pacientes tinham que ter bons resultados à terapia com a tadalafila, não poderiam usar outras formas de terapia além dessa e teriam que registrar dados dos atos sexuais que ocorreriam durante a coleta de informações.
Uma tabela que se utiliza com o objetivo de "titular" o grau de dificuldade para a ereção, a IIEF-EF, foi usada no início do trabalho e algumas vezes após determinados períodos de terapia. Em todos os momentos, os pacientes que fizeram a terapia combinada relataram melhores resultados, do que aqueles que usaram a terapia com ondas de choque externas de baixa intensidade isoladamente. Nenhum dos pacientes, de qualquer grupo, relatou efeitos colaterais.
Os autores concordam que mais trabalhos são necessários para que se criem evidências científicas necessárias à adoção desse tipo de terapia. Mas que é uma boa notícia, sem dúvida é.