"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.

sábado, 16 de outubro de 2021

Pênis nem ereto, nem flácido: que síndrome é essa?

Existe uma situação do pênis relatada por alguns homens, que por enquanto nem é considerada uma doença, sequer recebeu uma classificação: um conjunto de sinais e sintomas em que o pênis não se apresenta nem flácido e nem rígido. Essa situação é discutida muito em foruns, salas de chat na Internet e mídias sociais, com objetivo de amenizar o sofrimento dos homens que relatam essa queixa, considerada uma disfunçao sexual. Ainda não há evidências científicas que possam fazer a caracterização da doença, mas a queixa é de dor crônica na região que fica abaixo do umbigo, entre as extremidades do quadril, com tempo de evolução de aproximadamente seis meses. E uma sensação de ereção constante, embora o pênis se apresente flácido. Pode afetar qualquer faixa etária, mas é mais vista em homens na faixa etária de 20, 30 anos. As manifestações podem variar entre os homens, mas os relatos mais comuns, são: 1) uma sensação de pênis endurecido, semi-rígido, mesmo em estado de flacidez 2) dor no pênis que também pode se manifestar na região do períneo, entre a bolsa escrotal e o ânus 3) uma sensação de cãibra que aperta, diminui o pênis 4) dificuldade para atingir e/ou manter uma ereção, sendo necessário muito estímulo para que ocorra. As ereções podem se apresentar com a glande mais flácida e fria. 5) dormência no pênis 6) ejaculação dolorosa 7) micção dolorosa e com jato urinário fraco 8) ansiedade, depressão 9) deformidade no pênis quando em ereção, variável A causa é desconhecida e pode ser uma manifestação isolada ou combinada de situações como fatores biológicos, psicossocias, ambientais e estilo de vida. Todos os homens relacionam como fato que ocorre antes do início das queixas, um trauma no pênis durante o ato sexual ou na masturbação mais intensa. Talvez uma lesão dos músculos e vasos sanguineos na base do pênis, seja a causa para o início dos problemas. Já se sabe que condições de estresse e ansiedade tendem a agravar os problemas. Homens que passam a avaliar constantemente o pênis quanto à condição, ou que começam a correr atrás de tratamentos para o problema, tendem a ficar mais ansiosos e isso agrava a situação por comprometer mais ainda o sistema neuro-motor-sensitivo da região, causando espasmos, contraturas dos músculos locais e levar à piora da queixa de dor. Esses espasmos também podem comprometer os estímulos nervosos envolvidos no processo de ereção, controlando o fluxo de sangue para o pênis. A condição de comprometimento do sistema neural acaba influenciando na capacidade de atingir, manter a ereção e também pode comprometer a ejaculação. Não existe um protocolo de como se trata essa condição, uma vez que a síndrome sequer é reconhecida como uma doença. O tratamento com terapias medicamentosas ou de comportamento podem até agravar a situação, pois pode fazer com que o homem atingido pela condição, aumente o foco sobre o pênis e deixá-lo mais ansioso. Mas acredita-se que um tratamento multidisciplinas possa oferecer benefícios, com os seguintes métodos: A) deixar claro para o paciente que o pênis é funcional, não existe uma lesão que impossibilite as ereções B) terapias com inibidores da fosfodiesterase-5 (sildenafila, tadalafila) para ajudar a manter a ereção C) antidepressivos, ansiolíticos D) analgésicos para melhorar a dor E) encorajar o homem a discutir e conversar sobre a situação com o(a) parceiro(a) sexual F) terapia cognitiva comportamental G) exercícios para relaxar a tensão do assoalho pélvico (parte de baixo do abdome, onde, tudo indica, seja o local que dói I) terapia de ondas de choque em baixa intensidade, que visa melhorar fluxo sanguíneo. H) terapias de relaxamento como meditação e mindfulness

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