UROBLOGAY: Um Blog de Urologia Para O Homem Gay.
Este blog destina-se ao homem gay e tem como objetivo, responder às muitas dúvidas que homens gays têm em relação às doenças sexualmente transmissíveis, às doenças da próstata, aos riscos do sexo entre homens e tudo que se relaciona ao trato genital masculino. Os posts serão respostas às perguntas que frequentemene recebo de meus pacientes e leitores.
"O MAL SÓ TRIUNFA QUANDO OS HOMENS DE BEM NADA FAZEM". Edmund Burke.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2025
PADRÃO DE SONO VARIA EM HOMENS COM DIFERENTES TIPOS DE EJACULAÇÃO PRECOCE
A ejaculação precoce (EP) é um distúrbio sexual comum que afeta 14% a 30% dos homens. Pode ser categorizada em quatro tipos: EP vitalícia (LPE), onde a ejaculação ocorre em 1 minuto; EP adquirida (APE), onde o tempo de ejaculação diminui para 3 minutos ou menos; PE variável (VPE), onde o tempo é inconsistente; e PE Subjetivo (SPE), onde os homens sentem que ejaculam rapidamente, mas o momento é normal.
A pesquisa mostra que os distúrbios do sono podem afetar a saúde dos homens, levando a condições como disfunção erétil e infertilidade. No entanto, a ligação entre sono e EF não é bem compreendida. Estudos anteriores que utilizaram medidas subjetivas sugeriram que a má qualidade do sono pode estar ligada ao EPA. Um estudo recente teve como objetivo explorar objetivamente como os padrões de sono variam em homens com diferentes tipos de EP usando o Fitbit Charge 2, uma pulseira acessível para monitoramento do sono. Compreender estas variações pode ajudar a melhorar o tratamento para homens com EP.
Este estudo incluiu 136 homens com diagnóstico de EP pela primeira vez e que mantinham relacionamento estável há pelo menos seis meses. Os participantes foram divididos em quatro grupos com base no tipo de EF: vitalícia, adquirida, variável e subjetiva. Foram excluídos homens com condições como desequilíbrios hormonais, distúrbios neurológicos ou histórico de cirurgia pélvica. Um grupo controle de 79 homens sem EP também foi incluído.
As informações básicas de cada participante (idade, índice de massa corporal, hábitos de fumar, etc.) foram registradas e questionários avaliaram sua função erétil, ansiedade, depressão e qualidade do sono. Para monitorar objetivamente os padrões de sono, todos os participantes usaram o Fitbit Charge 2 em casa durante uma noite. O dispositivo rastreou o tempo total de sono, o tempo para adormecer, os períodos de vigília durante a noite e o tempo gasto em diferentes estágios do sono, incluindo o sono REM.
Os autores do estudo utilizaram análise estatística para comparar os resultados entre os quatro tipos de EP e o grupo de controle. O objetivo era compreender a relação entre os padrões de sono e a EP, focando se a má qualidade do sono poderia contribuir para a EP.
No final, os investigadores descobriram que os homens com EAP eram mais velhos do que aqueles com outros tipos de EP e pareciam ter piores resultados de sono e de saúde mental. Não houve diferenças significativas no índice de massa corporal, tabagismo, educação, renda ou condições médicas entre os grupos.
No entanto, os pacientes com EPA apresentaram maior ansiedade, depressão e problemas de sono em comparação com outros grupos de EP. A qualidade média do sono e a duração do sono REM foram piores do que aqueles com LPE, VPE, SPE e o grupo controle. Homens com EAP também apresentaram disfunção erétil mais grave, tempos de ejaculação mais baixos e piores escores de função sexual em comparação com outros. Os pacientes com LPE tiveram tempos totais de sono significativamente mais curtos do que o grupo controle, mas os pacientes com EPA também tiveram.
No geral, os pacientes com EPA sofreram os impactos mais negativos na saúde mental, na função sexual e na qualidade do sono. Esta pode ser uma informação importante que os pacientes e profissionais de saúde devem saber, pois tomar medidas para melhorar o sono, como seguir boas práticas de higiene do sono, ir para a cama no mesmo horário todas as noites e usar técnicas de relaxamento, pode ser potencialmente útil para pacientes com EP. .
sábado, 26 de outubro de 2024
COMO PROLONGAR O ATO SEXUAL.
Se tem uma coisa que escuto com frequência, é que o homem gay acha que tem o orgasmo muito rápido. E muitos querem encontrar uma solução para isso.
Como causa, há desde um simples fato, como uma novidade (um novo companheiro, um lugar diferente), até distúrbios de comportamento, como ejaculação rápida.
Para o homem que deseja prolongar o ato sexual, postergando o orgasmo, lançamos mão de atos e medicamentos.
Quanto aos atos, é importante reconhecer as situações que levam a um orgasmo mais rápido. Reconhecendo-os, há uma informação que já faz com que a sua ansiedade diminua e consequentemente, a rapidez do orgasmo também. Avalie seu companheiro, veja o que ele veste no momento, a atitude dele e administre o que pode aumentar a sua excitação. Veja se o local e a situação contribuem para um ato sexual mais relaxado.
Quanto às terapias, hoje em dia temos muitos medicamentos que interferem no ato da ejaculação, sendo os antidepressivos, as drogas mais usadas. Mas também temos os ansiolíticos e as drogas que melhoram a qualidade da rigidez peniana e que também interferem, postergando o orgasmo.
Um dos grandes avanços no tratamento da ejaculação precoce, por exemplo, foi a descoberta do antidepressivo dapoxetina (no Brasil só está disponível por manipulação laboratorial. Na Clínica CZ, temos uma farmácia de manipulação que a prepara para os nossos pacientes) que pode ser tomado somente nas horas que antecedem o ato sexual, ao contrário dos outros antidepressivos que para atuarem retardando a ejaculação, necessitam ser administrados diariamente.
Às vezes é necessário um coquetel de medicamentos para que consigamos fazer que nosso paciente retarde o orgasmo, mas a maioria deles reage muito bem e se sente satisfeito com o resultado. E com o tempo, esse coquetel acaba sendo desnecessário. E lembre-se: o ato sexual é uma atividade aeróbica. Portanto prepare-se para ele tendo uma atividade física regular e adotando hábitos de vida saudáveis.
Como causa, há desde um simples fato, como uma novidade (um novo companheiro, um lugar diferente), até distúrbios de comportamento, como ejaculação rápida.
Para o homem que deseja prolongar o ato sexual, postergando o orgasmo, lançamos mão de atos e medicamentos.
Quanto aos atos, é importante reconhecer as situações que levam a um orgasmo mais rápido. Reconhecendo-os, há uma informação que já faz com que a sua ansiedade diminua e consequentemente, a rapidez do orgasmo também. Avalie seu companheiro, veja o que ele veste no momento, a atitude dele e administre o que pode aumentar a sua excitação. Veja se o local e a situação contribuem para um ato sexual mais relaxado.
Quanto às terapias, hoje em dia temos muitos medicamentos que interferem no ato da ejaculação, sendo os antidepressivos, as drogas mais usadas. Mas também temos os ansiolíticos e as drogas que melhoram a qualidade da rigidez peniana e que também interferem, postergando o orgasmo.
Um dos grandes avanços no tratamento da ejaculação precoce, por exemplo, foi a descoberta do antidepressivo dapoxetina (no Brasil só está disponível por manipulação laboratorial. Na Clínica CZ, temos uma farmácia de manipulação que a prepara para os nossos pacientes) que pode ser tomado somente nas horas que antecedem o ato sexual, ao contrário dos outros antidepressivos que para atuarem retardando a ejaculação, necessitam ser administrados diariamente.
Às vezes é necessário um coquetel de medicamentos para que consigamos fazer que nosso paciente retarde o orgasmo, mas a maioria deles reage muito bem e se sente satisfeito com o resultado. E com o tempo, esse coquetel acaba sendo desnecessário. E lembre-se: o ato sexual é uma atividade aeróbica. Portanto prepare-se para ele tendo uma atividade física regular e adotando hábitos de vida saudáveis.
sexta-feira, 20 de setembro de 2024
POR QUÊ PÊNIS PODEM DIMINUIR DE TAMANHO?
A maioria dos homens se importa com o tamanho do seu pênis. Todas às vezes que posto assunto relacionado ao tamanho do pênis, o número de views às postagens batem recordes. Esse fato passa a ser um problema quando isso incomoda o paciente e às vezes o pênis apenas parece estar menor. Vou citar algumas situações que podem contribuir para a diminuição do tamanho do pênis e você notará que algumas situações são administráveis.
1) Aumento do peso corporal: quando há um acúmulo de gordura na região onde o pênis se implanta, esse excesso de tecido adiposo pode "enterrar" o pênis e em situações extremas o pênis até desaparece. Situação que se reverte com a perda de peso e às vezes até uma lipo-aspiração é necessária para a remoção da gordura em excesso. Com isso, o pênis reaparece.
2) Tabagismo: fumar altera os vasos sanguíneos e compromete a chegada do sangue nos órgãos. Como o pênis depende, e muito, de um bom fluxo de sangue, o homem que fuma pode comprometer essa dinâmica. Parar de fumar sempre ajuda.
3) Medicamentos: drogas como finasterida (muito usada para controle do crescimento da próstata e para diminuir a queda dos cabelos), dutasterida (droga com a mesma finalidade da finasterida, porém mais atual), antipsicóticos e antidepressivos podem comprometer o tamanho do pênis. Esse problema deve ser discutido com o médico prescritor antes de interromper a terapia por conta própria.
4) Envelhecimento: nesse processo há diminuição na produção da testosterona e também no fluxo de sangue. Muitas vezes ocorre lentamente e pode ser imperceptível ao homem.
5) Prostatectomia: que é a cirurgia para a retirada da glândula chamada próstata. Há medidas que podem ser tomadas logo após a cirurgia para diminuir essa possibilidade. Muitas vezes após um ano de cirurgia, o tamanho do pênis volta ao normal, mas isso não é garantido.
1) Aumento do peso corporal: quando há um acúmulo de gordura na região onde o pênis se implanta, esse excesso de tecido adiposo pode "enterrar" o pênis e em situações extremas o pênis até desaparece. Situação que se reverte com a perda de peso e às vezes até uma lipo-aspiração é necessária para a remoção da gordura em excesso. Com isso, o pênis reaparece.
2) Tabagismo: fumar altera os vasos sanguíneos e compromete a chegada do sangue nos órgãos. Como o pênis depende, e muito, de um bom fluxo de sangue, o homem que fuma pode comprometer essa dinâmica. Parar de fumar sempre ajuda.
3) Medicamentos: drogas como finasterida (muito usada para controle do crescimento da próstata e para diminuir a queda dos cabelos), dutasterida (droga com a mesma finalidade da finasterida, porém mais atual), antipsicóticos e antidepressivos podem comprometer o tamanho do pênis. Esse problema deve ser discutido com o médico prescritor antes de interromper a terapia por conta própria.
4) Envelhecimento: nesse processo há diminuição na produção da testosterona e também no fluxo de sangue. Muitas vezes ocorre lentamente e pode ser imperceptível ao homem.
5) Prostatectomia: que é a cirurgia para a retirada da glândula chamada próstata. Há medidas que podem ser tomadas logo após a cirurgia para diminuir essa possibilidade. Muitas vezes após um ano de cirurgia, o tamanho do pênis volta ao normal, mas isso não é garantido.
sábado, 24 de agosto de 2024
NÃO SE DEIXE SER HUMILHADO POR UM MÉDICO HOMOFÓBICO!
Hoje vou escrever sobre um assunto muito delicado: homofobia na Medicina. E se escrevo, é poque tenho relatos diversos de atitude de homofobia citados pelos meus pacientes.
No Brasil homofobia é crime, mas alguns colegas médicos parecem desconhecer isso ou no alto do pedestal da profissão, se consideram aptos a dar conselhos e repreender pacientes pela orientação sexual que têm, imunes a qualquer retaliação.
O médico tem que estar pronto para ouvir sua queixa, colher informações, te examinar com todo o respeito como qualquer paciente merece e depois, conversar contigo, expondo hipóteses de diagnóstico e possíveis tratamentos.
Escuto de pacientes situações em que médicos passam sermão quando eles expõem a orientação sexual.
Há médicos que mal continuam a conversa e já vão querendo terminar a consulta rapidamente.
Há outros que fazem insinuações com piadinhas constrangedoras e de mau gosto, na hora de um exame de próstata.
E há aqueles que já vão logo solicitando exame de HIV, pois acham que todo homem gay é soropositivo para o vírus HIV.
Se você foi, ou se um dia for, vítima de uma atitude como essa, denuncie ao Conselho Regional de Medicina de seu estado. Hoje em dia na maioria das cidades do Brasil há profissionais que irão te atender com o maior respeito e muito preparados com as situações difíceis, particulares do sexo entre homens, que podem acontecer.
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